Tipos de comunicadores - Reflexão -

18/05/2010 00:45

Abaixo, você verá alguns tipos de comunicadores em quem você não deve se espelhar.

 

O Tímido:

 

Costuma falar em voz baixa e tem dificuldade em administrar o medo interno. Sente-se nervoso, tropeça nas palavras; a dicção e a articulação são deficientes. Parece pedir desculpas por estar ocupando aquele espaço. Gagueja e, mesmo tendo se preparado e organizado, perde-se com freqüência.
Olha para o teto, para o chão ou para o nada, como se possuísse uma cortina diante dos olhos. Seu corpo mostra sinais evidentes de nervosismo: boca seca, respiração difícil, transpiração no rosto e nas mãos, o que o faz usar lenço com freqüência. Esconde-se atrás da mesa e do flip-chart. Segura chaves, canetas ou livros. Seus olhos mostram-se constantemente assustados, como se tivesse medo de ser pego em flagrante.

 

 

 

O Egocêntrico:

 

Para ele, a platéia é um espelho gigante, que reflete todas as suas qualidades. O público está ali para servi-lo. A palavra eu é a mais importante de seu vocabulário. Parece possuir um luminoso no corpo, onde está escrito em letras garrafais: Sou o melhor. Aplica todas as regras da oratória para seduzir a platéia. Ele quer receber aplausos durante todo o tempo.
Em suas palestras, entrevistas e congressos, o que mais lhe interessa comunicar são os seguintes dados:

 

 

quantos cursos já realizou;

   

quantos livros escritos por ele já foram vendidos;

   

quantas pessoas já compareceram aos seus cursos;

 

 

quanto dinheiro já ganhou e;

 

 

quantos títulos já conquistou;

 

Ele é a salvação! Por meio dele, chega-se ao reino do dinheiro e do sucesso!

 

 

 

O Erudito:

 

Ele fala difícil, utilizando, por vezes, palavras em desuso. Cita freqüentemente frase de autores famosos. Mesmo percebendo que seu público não o compreende, emprega excessivamente palavras estrangeiras, gírias profissionais, linguagem técnica, porque essa é uma forma de usufruto do poder, uma forma arrogante de deixar claro que só ele conhece o assunto. Como seu prazer provém da exibição de sua cultura, não se preocupa em obter feedback da platéia. Suas idéias são herméticas e vêm acompanhadas de frases rebuscadas. Quase não utiliza recursos audiovisuais; prefere ficar sentado e empregar um tom professoral. Por julgar que sua cultura o exime de qualquer questionamento, não admite interrupções nem contestações..

 

 

 

O Hipnotizador:

 

Expressa-se de forma muito pausada, causando sonolência na platéia.
Quando formula o início de um conceito, o público já adivinha a conclusão.

 

 

 

O Modesto:

 

É aquele que sempre se posiciona de forma subserviente em relação à platéia.

Em minha modesta opinião,...
Não sei se vou conseguir, pois não tenho a cultura nem a experiência necessárias, mas vou tentar explicar aqui, como um escravo da profissão...
Desculpem as minhas falhas, são fruto da minha ignorância.
Não estou à altura desta seleta platéia.
Perdoem-me por ter roubado o tempo de vocês.

 

 

 

O Verborrágico:

 

É extremamente prolixo. Fala sem parar, porque considera suas idéias as mais interessantes. Ama o som da própria voz e, para ele, o silêncio é crime. Parece uma metralhadora vocal, expressando-se para si mesmo. Quase não dirige o olhar para a platéia. Além disso, como quer ter absoluta certeza de que o público o ouviu, usa as seguintes expressões em seus finais de frase: Estão me compreendendo? Perceberam onde quero chegar? Entenderam onde está o cerne da questão? Está tudo claro, não é? Posso continuar? Vocês têm certeza de que estão acompanhando meu raciocínio? É importante que vocês não se percam; por isso, prestem bem atenção.

 

 

 

O Despreparado:

 

Ele aceita o convite para a palestra, mas confiante na ajuda divina, não se prepara. Planejar é perda de tempo e o improviso, excitante. Por isso, ele desconhece as necessidades do público e não sabe o que dizer, nem como dizer. Suas idéias mostram-se confusas, porque lhe faltam objetividade, coerência, fluência e poder de síntese.
Não sabe utilizar os recursos audiovisuais: suas transparências nunca estão na ordem correta, além de serem de péssima qualidade (com letras manuscritas miúdas). De costas, ele tenta lê-las para a platéia. Seu material de trabalho (pilhas de livros e de filmes) polui todo o ambiente. Tropeça nos fios, deixa cair objetos. Sempre se tem a impressão de que, para ele, o evento foi uma surpresa, causando intranqüilidade em quem o assiste.

 

 

 

O Espalhafatoso:

 

Está sempre arrumando o cabelo e a roupa, contemplando as próprias unhas. Utiliza o vidro da janela da sala como se fosse um espelho. Seus gestos são largos e ininterruptos, porque buscam tornar suas palavras mais eloqüentes do que realmente são. Tudo nele é excessivo: o colorido das roupas, a largura da gravata. Seus trajes gritam todo o tempo. É praticamente impossível prestar atenção naquilo que ele diz.

 

 

 

A Fera Enjaulada:

 

Ele anda de um lado para outro, sem parar. Seu olhar é duro e cortante; seu sorriso, cínico, e suas mãos quase sempre ficam cruzadas na linha da cintura. O tórax inclina-se para frente. Seus gestos são secos e duros. Seu queixo está sempre levantado em demasia. Seus músculos nunca se descontraem. O corpo parece querer explodir de tanta tensão.

 

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